A Justiça de Pernambuco manteve, na tarde deste sábado (8), a prisão preventiva do médico Fernando Cunha Lima, acusado de abusar sexualmente de crianças durante consultas em João Pessoa. A decisão foi tomada durante a audiência de custódia, procedimento padrão para assegurar que o mandado de prisão foi cumprido dentro das normas legais.
No julgamento, a Justiça pernambucana entendeu que cabe ao Poder Judiciário da Paraíba avaliar a possibilidade de conceder prisão domiciliar, como solicitado pela defesa. Com isso, Cunha Lima continuará detido no Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), localizado em Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife.
Na sexta-feira (7), ao ser preso após quatro meses foragido, o médico pediatra fez comentários desdenhosos, afirmando que ficaria apenas dois dias preso. Ele nega todas as acusações e classificou as vítimas e seus familiares como “mentirosos”.
Com a decisão deste sábado, o processo deve ser enviado de volta à Paraíba. Ainda não está definido se o médico será transferido para João Pessoa, como deseja a Polícia Civil, ou se permanecerá em Pernambuco. O caso segue gerando repercussão e mobilizando autoridades dos dois estados.