Bolsonaro deve ser interrogado nesta semana no STF por suposta trama golpista

Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser interrogado nesta semana no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A oitiva faz parte de uma série de depoimentos de réus acusados de integrar o chamado “núcleo político-militar” da trama, marcada por Alexandre de Moraes para ocorrer entre os dias 9 e 13 de junho.

Bolsonaro será o sexto interrogado, seguindo a ordem alfabética dos réus. O depoimento deve ocorrer entre terça (11) e quarta-feira (12), dependendo da duração dos depoimentos anteriores. As sessões estão previstas para iniciar diariamente às 14h, com transmissões ao vivo pela TV Justiça e pelo canal do STF no YouTube.

O interrogatório ocorre no processo em que Bolsonaro responde por supostamente ter liderado articulações para desacreditar o sistema eleitoral e promover um golpe contra o resultado das urnas. A acusação inclui o uso de assessores militares, civis e ex-integrantes do governo para dar sustentação ao plano.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, é um dos réus já ouvidos e firmou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. Seu depoimento é considerado peça central nas investigações.

Nas redes sociais, o ex-presidente convocou apoiadores a acompanharem seu depoimento, dizendo que “vale a pena assistir” e afirmando que “não vai lacrar” diante de Alexandre de Moraes, mas que se manterá firme em sua defesa.

Sessão será pública e transmitida

Segundo o STF, o interrogatório será público, e Bolsonaro poderá exercer o direito ao silêncio — embora interlocutores do ex-presidente afirmem que ele pretende responder a todas as perguntas. A defesa tenta reforçar a tese de que Bolsonaro jamais incentivou ações golpistas e que agiu dentro dos limites constitucionais enquanto presidente.

Além de Bolsonaro, também serão ouvidos militares da reserva e da ativa, ex-ministros e ex-assessores que teriam participado das reuniões e decisões consideradas pela PF como preparatórias para a tentativa de ruptura institucional.

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