“Não quero lhe falar meu grande amor, das coisas que aprendi nos discos” 

O filme *”Ainda Estou Aqui”*, vencedor do Oscar, ganhou destaque não apenas por sua narrativa cinematográfica impactante, mas também por seu papel crucial em manter viva a memória das atrocidades cometidas durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). A obra retrata, de forma sensível e contundente, os horrores vividos por aqueles que foram perseguidos, torturados e silenciados pelo regime. Ao trazer à tona histórias reais de resistência e luta, o filme serve como um alerta para que as novas gerações nunca esqueçam os erros do passado e compreendam os perigos de um governo autoritário.

O longa-metragem expõe, sem rodeios, o exemplo negativo do regime militar, destacando a censura, a violência institucionalizada e a supressão de direitos básicos que marcaram esse período sombrio da história brasileira. Através de personagens complexos e uma narrativa envolvente, o filme mostra como o autoritarismo corrói a democracia e desumaniza a sociedade. A direção cuidadosa e as atuações poderosas reforçam a importância de se confrontar a verdade, mesmo quando ela é dolorosa, para que tais crimes nunca se repitam.

Em um momento em que discursos que romantizam o regime militar ganham espaço no debate público, *”Ainda Estou Aqui”* surge como um lembrete urgente dos riscos de um novo golpe militar. O filme nos convida a refletir sobre o valor da democracia e a necessidade de vigilância constante para preservá-la. Ao manter viva a memória das vítimas da ditadura, a obra não apenas homenageia aqueles que sofreram, mas também nos alerta sobre a responsabilidade coletiva de garantir que o Brasil nunca mais viva sob o jugo de um regime autoritário. A mensagem é clara: lembrar o passado é essencial para proteger o futuro.