Lula e o ‘Limite de Briga’ com os EUA: Até Onde Vai a Diplomacia do Brasil?

O presidente Lula não se mostrou exatamente disposto a entrar em uma guerra diplomática após o chamado tarifaço imposto pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros. Em uma declaração que soa mais como um apaziguamento do que uma defesa firme do interesse nacional, Lula afirmou ter “limites” para o embate com o governo de Donald Trump. Isso levanta a questão: até que ponto o Brasil está disposto a ceder frente a pressões comerciais que prejudicam nosso mercado?

A postura cautelosa de Lula soa compreensível do ponto de vista realista da diplomacia internacional, mas pode ser vista como uma postura de fraqueza quando o próprio país sofre impactos econômicos significativos. Afinal, se há agressão econômica clara, o governo não deveria responder à altura para proteger seus setores produtivos e empregos?

Cautela é precisa, mas não pode ser desculpa para passividade. O presidente diz que “o governo tem que fazer aquilo que ele tem que fazer” — mas o que exatamente é isso? Aceitar as tarifas sem uma resposta contundente? Buscar diálogo firme? Ou simplesmente limitar a “briga” para não atrapalhar a boa convivência com a maior potência mundial? Essas respostas são essenciais para entender quais são os interesses efetivos que estão sendo defendidos.

Em tempos onde o protecionismo vem ganhando espaço, sentar em cima dos impactos e impor limites à resistência contra medidas externas que prejudicam a economia pode custar caro. Lula precisa deixar claro se o Brasil está disposto a lutar pelos seus interesses ou se vai simplesmente aceitar as regras do jogo americano, mesmo quando elas forem desvantajosas. O Brasil merece uma estratégia diplomática e comercial que não beire a subserviência, mas que seja firme e inteligente.

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