A decisão da Justiça de proibir o influenciador Hytalo Santos de ter contato com menores de idade, além de suspender seus perfis nas redes sociais, reflete um problema maior do que simples equívocos individuais. Estamos diante de um fenômeno que expõe o quanto figuras públicas digitais podem agir irresponsavelmente, colocando em risco a integridade de adolescentes – justamente o grupo mais vulnerável da sociedade.
É revoltante perceber que medidas tão drásticas se tornem necessárias para conter abusos e condutas possivelmente nocivas. O caso de Hytalo serve para escancarar uma triste realidade: muitos influenciadores parecem operar sem limites, como se estivessem acima da lei, manipulando gerações com discursos e atitudes que não deveriam sequer ser tolerados.
A suspensão de seus perfis é um alento, mas uma resposta estritamente reativa. O que há de prevenção para que pessoas como Hytalo não alcancem essa influência que agora precisa ser tolida pela Justiça? Quais mecanismos eficazes o setor digital tem para coibir essa escalada antes do dano consumado?
Além disso, esse episódio deveria nos fazer repensar o papel das plataformas e sua responsabilidade. Até que ponto elas colaboram para essa exposição nociva, com políticas fragilizadas e muitas vezes ineficientes?
O enfrentamento desse caso não pode ser tratado como um evento isolado, mas como um alerta para que sociedade, poder público e empresas digitais revisem seus protocolos e compromissos com a proteção de crianças e adolescentes. A era da internet não pode ser um vale-tudo.
Assim, a proibição do contato e a suspensão dos perfis não são apenas punições – são sinais de que a irresponsabilidade terá custos, e que o futuro das novas gerações exige um ambiente digital mais seguro e consciente. Não é só mais uma notícia qualquer; é um grito urgente por limites que precisam ser estabelecidos e respeitados.