Em meio às cobranças de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro para incluir a PEC da Anistia na pauta de votações, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), indicou nesta quarta-feira (02) que não pretende acatar o pleito. Em publicação nas redes sociais, ele destacou prioridades como saúde, educação e redução da inflação, afirmando que o momento exige temas que promovam a união do Legislativo.
“Saúde, educação, segurança e redução da inflação. Essas são as pautas que o brasileiro quer discutir. O momento político do Brasil requer uma busca por pautas que tragam união à Câmara”, escreveu Motta.
Na terça-feira (01), o parlamentar já havia demonstrado resistência às pressões para votar a proposta de anistia defendida por Bolsonaro. De acordo com informações da CNN, Motta teria comunicado a líderes de diferentes espectros políticos que consultará todas as bancadas partidárias antes de qualquer decisão.
O Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente, pressiona por uma definição ainda nesta semana, mas o presidente da Câmara indicou que dificilmente fechará o assunto nos próximos dias. Na terça, Motta se reuniu com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), e com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), em busca de alinhamentos.
A postura de Motta sugere um impasse, já que a bancada bolsonarista ameaça obstruir as votações no Congresso caso a proposta não seja colocada em discussão.