Carla Zambelli diz que não teme Interpol e afirma: “Da Itália ninguém me tira”

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou que não teme qualquer ordem internacional de captura. Em entrevista, a parlamentar declarou que, por possuir cidadania italiana, não pode ser extraditada do país europeu.

“Podem acionar a Interpol, mas não me tiram da Itália. Tenho passaporte italiano, sou cidadã italiana e só respondo à Justiça de lá, não ao Alexandre de Moraes. Quero ver isso acontecer algum dia”, afirmou.

Zambelli deixou o Brasil no fim de maio. Inicialmente cruzou a fronteira pela Argentina, depois seguiu para os Estados Unidos, onde está atualmente em Miami. A deputada já sinalizou que pretende se estabelecer na Itália, onde acredita que estará protegida de eventuais pedidos de extradição.

Diante da sua fuga, a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para que determine sua prisão preventiva. Contudo, especialistas em direito internacional alertam que o processo de extradição envolvendo cidadãos italianos é juridicamente complexo e pouco provável de ser bem-sucedido, salvo se houver colaboração da Justiça italiana.

A situação gerou desconforto no STF e críticas à atuação da PGR, que agora avalia a necessidade de adotar mecanismos mais rígidos para evitar que condenados consigam deixar o país antes do cumprimento das decisões judiciais.

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