O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (14) uma medida que reduz tarifas de importação sobre uma série de produtos agrícolas, incluindo carne bovina, café, tomate e banana. A decisão tem impacto direto sobre países exportadores, especialmente o Brasil, que é o maior produtor mundial de café e um dos principais fornecedores de carne bovina para o mercado americano.
A medida tem aplicação retroativa, valendo a partir de quinta-feira (13), às 2h01 no horário de Brasília. A iniciativa faz parte de uma estratégia do governo americano para conter a inflação de alimentos, que vinha pressionando o custo de vida nos Estados Unidos nos últimos meses.
Segundo informações divulgadas por veículos de imprensa, as tarifas elevadas — que chegavam a 50% sobre alguns produtos — já vinham afetando o fluxo comercial. No caso do café, por exemplo, as exportações brasileiras registraram forte retração, com queda superior a 50% em outubro na comparação anual. O aumento de preços no varejo americano também chamou atenção: o café vendido em supermercados dos EUA acumulava, recentemente, alta de cerca de 20%, parcialmente atribuída às tarifas.
A redução promovida por Trump ocorre após uma série de negociações entre representantes dos dois países. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, realizou encontros com autoridades americanas, como o secretário de Estado Marco Rubio, discutindo justamente a necessidade de flexibilização tarifária para reequilibrar o comércio bilateral.
Para o Brasil, a decisão pode representar alívio imediato aos exportadores, que devem ganhar competitividade e recuperar espaço no mercado americano. Já para os consumidores dos EUA, a expectativa é de que os preços de itens como café e carne bovina recuem gradualmente nas próximas semanas, contribuindo para a estabilização dos índices de inflação.
O governo americano ainda não detalhou se novas medidas na área de comércio exterior serão anunciadas, mas a redução tarifária é vista por analistas como um sinal de que a administração Trump tenta evitar pressões econômicas internas, especialmente em setores sensíveis ao preço dos alimentos.




























