PETROBRAS ANUNCIA QUEDA NO PREÇO DA GASOLINA.

A Petrobras anunciou que, a partir desta terça-feira (3), o preço da gasolina vendida às distribuidoras terá uma redução de R$ 0,17 por litro, caindo de R$ 3,02 para R$ 2,85 — uma redução percentual de 5,6%. Essa é a primeira queda no preço do combustível desde outubro de 2023.

Na prática, o alívio para o consumidor final será de aproximadamente R$ 0,12 por litro, segundo cálculos da própria estatal, considerando a composição da gasolina vendida nos postos, que leva 27% de etanol anidro.

A nova redução ocorre em um cenário de queda nas cotações internacionais do petróleo, além da valorização do real frente ao dólar. A atual gestão da Petrobras, sob comando de Magda Chambriard, afirma que tanto gasolina quanto diesel estão sendo vendidos atualmente abaixo dos valores de paridade internacional — um claro contraste com o modelo de precificação adotado durante os governos anteriores.

Comparativo histórico: o pico no governo Bolsonaro

O valor anunciado agora ainda está bem abaixo do pico registrado durante o governo de Jair Bolsonaro, quando o litro da gasolina nas distribuidoras chegou a superar R$ 3,86 em junho de 2022 — auge da crise provocada pela disparada dos preços do petróleo e pela política que atrelava os preços internos diretamente ao mercado internacional.

Na ocasião, para tentar conter a inflação e aliviar a pressão às vésperas da eleição, o governo Bolsonaro adotou uma estratégia emergencial: zerou impostos federais sobre os combustíveis e limitou o ICMS dos estados. A medida, embora tenha provocado queda temporária nos preços, foi amplamente criticada por especialistas, que apontaram seu caráter artificial, eleitoreiro e com data para acabar.

De fato, após as eleições, parte desses impostos foi retomada, e os preços voltaram a se ajustar, revelando que a redução promovida naquele período não era sustentável a longo prazo.

Redução atual tem outro perfil

Diferente daquele cenário, a queda agora ocorre sem cortes de impostos e segue a política de revisão periódica baseada em fatores de mercado interno e externo, segundo a Petrobras. Ainda assim, a estatal ressalta que o valor que chega ao consumidor final pode variar, já que inclui custos de distribuição, margem de lucro dos postos e tributos estaduais.

Apesar do alívio, os preços atuais ainda estão longe dos patamares mais baixos registrados durante o período de isenção fiscal promovido no último ano de Bolsonaro, mas também estão consideravelmente abaixo do recorde de alta enfrentado na mesma gestão.

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