Motta não vai pautar urgência da anistia, diz líder do PT na Câmara

Apesar de a oposição ter apresentado um requerimento para acelerar a votação de um projeto que anistia envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirma que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não deve colocar a matéria em pauta.

“Existem mais de 2.200 projetos com pedido de urgência protocolados. Esse será apenas mais um. O Hugo Motta não vai pautar”, declarou. Segundo ele, há um entendimento entre os líderes partidários para que apenas requerimentos consensuais tenham prioridade — o que não se aplica a essa proposta.

Lindbergh avalia que a oposição agilizou o protocolo com medo de perder apoios, já que alguns deputados começaram a retirar suas assinaturas do documento. A deputada Helena Lima (MDB-RR), por exemplo, já recuou.

“O líder da oposição [Sóstenes Cavalcante, do PL] percebeu que muitos achavam que se tratava de anistia apenas para os atos de 8 de janeiro, mas, ao entender que o texto poderia beneficiar o ex-presidente Bolsonaro, resolveram sair. Há até quem seja do governo na lista”, explicou. O conteúdo exato do projeto, no entanto, ainda não está claro.

O petista ainda sugeriu que parlamentares da base aliada retirem formalmente seus apoios, mesmo que isso não impeça a análise do pedido de urgência. “Seria um gesto simbólico, para mostrar que não há consenso sobre o tema. Isso fortaleceria a decisão do Hugo Motta de não pautar”, argumentou. “Não há maioria na Câmara para essa proposta.”

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